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Detento passa pra Cinema na UFPA e causa polêmica na internet

Deu o que falar, Notícia

Essa semana surgiu na internet a notícia de um detento que passou em uma universidade federal para o curso de Cinema, a notícia foi bem recebida por alguns e nem tanto para outros. O fato é que a notícia não foi, sempre, divulgada com todas as informações. Causando muita polêmica na internet.

 

Vamos entender primeiro a história desse rapaz. O detento é o Pedro Henrique Monteiro Araújo, hoje com 34 anos de idade, preso desde 2010.

Em 2016, ganhou um concurso de pintura na prisão, levando um cheque de R$ 2500,00 pelo primeiro lugar. Pedro Henrique disse que esse dinheiro iria para a sua família, regida apenas por sua mãe e irmã.

 

E esse ano, o rapaz passou (pela quarta vez, segundo sua advogada) no processo seletivo da Universidade Federal do Pará, para o curso de Cinema e Audiovisual. A Advogada, Luana Leal, diz que o seu cliente prestou o vestibular quatro vezes e sempre para Cinema, porém nunca conseguiu liberação para cursar.  Consultando no site do Sisu você pode observar a colocação do candidato.

Como pode ver, ele foi o único aluno que passou pelo sistema de cotas para pretos, pardos e indígenas. Mas existem alegações de que a cota foi fraudada pois  não se trata de uma pessoa cujo o perfil se encaixa nesse sistema de cotas.

Não se pode negar que é um rapaz inteligente, mas para que fins ele está usando essa inteligência?

 

Acusação de Pedro Henrique

 

Pedro Henrique Monteiro Araujo foi acusado por vários crimes referente a pedofilia, o mesmo foi absolvido do crime previsto no artigo 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente. E foi condenado pelos crimes no art. 217-A c/c art. 226,II, c/c art. 71 do Código Penal e art. 240 §2º, inciso III, c/c art. 241-A.

Já que o processo foi removido do site da Justiça,  Vamos disponibilizar aqui trechos do laudo através de prints tirados pelos internautas:

 

Fonte: Portal Reddit

 

Fonte: Diário Online

 

Como pode ver a acusação não foi leve, Primeiramente condenado a 54 anos de cadeia, que conseguiu recorrer e diminuir para uma pena de 38 anos de prisão ainda em regime fechado.

Pedro Henrique foi denunciado por um colega, que mostrou suas conversas pelo MSN onde o acusado fala abertamente sobre o seu “filme”. Se é que podemos chamar isso de filme.

O fato é que o acusado, em 2009, quando era chefe de um grupo de escoteiros, usou de sua autoridade e outros meios, como presentes e passeios, para assediar crianças e adolescentes. Além de filmá-las durante o ato (talvez isso explique o interesse no curso de cinema). Ele vendeu esses “filmes” na internet. Bom, vemos muitos crimes sendo cometidos nessas poucas linhas. Isso explica os 54 anos de reclusão em regime fechado.

 

A Polêmica

Se o jovem já havia passado outras 3 vezes para o curso de Cinema na universidade, por que só agora essa história veio a tona?

Bom, infelizmente alguns meios de comunicação (e nós também não estamos livres disso), acabam por publicar notícias sem uma pesquisa mais aprofundada. Apenas repassando uma primeira informação. Que no caso seria de que um detento passou em primeiro lugar em uma universidade federal.

O que esses veículos de notícia não contavam é com a astúcia e o faro de “Sherlock Holmes digital” dos internautas para ir atrás dos fatos. Ao descobrir que se tratava de um pedófilo, os internautas se revoltaram com os veículos. Claro que não tiramos essa razão. Alguns sites, inclusive, apagaram essa notícia, ou fizeram uma nova mostrando a história mais a fundo.

Vamos ver a reação dos internautas:

 

 

 

Muitos misturaram essa situação com a política. Alguns veículos até aproveitaram para derrubar seus concorrentes. Mas se esqueceram do principal, as vítimas do detento.

 

Dizem que um portal de notícia nunca deve deixar sua opinião, deve se manter neutro nas informações passadas. Mas vamos dizer que este se trata de um artigo de opinião.

Sendo assim, nós do Cine Goiânia prestamos nossos sentimentos as vítimas e seus familiares. E compartilhamos da satisfação em ver a justiça feita, pois o acusado foi julgado e preso. E torcemos para que assim se mantenha.

Nós não valorizamos filmes hediondos e este, definitivamente, não é um profissional do cinema. Estes “filmes” não merecem esse título.

 

 

Texto por Mayara Scalon









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