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Quando a invisibilidade invade o cinema

Colunas

Num mundo cada vez mais virtual, solidão e depressão, são temas que devem ser observados com mais cuidado e, solidariedade e caridade são o caminho para solucionar diversos problemas humanos, e isso é a mensagem que alguns filmes querem passar ao mundo.

 

Exemplo disso, é o filme estadunidense “O invisível” (2007), do diretor David S. Goyer. O filme conta com atores como, Justin Chatwin, Margarita Leviava, Marcia Gay Harden, Marcos Matthins, Alex O’Loughlin, entre outros.

O longa filmado no Canadá narra a história do protagonista Nick (Justin Chatwin), um estudante que mora com a mãe, mas considera-se solitário e mal compreendido. O jovem estudante é inteligente e tem um futuro promissor, mas ele acaba se envolvendo numa série de encontros com Annie (Margarita Leviava), uma jovem considerada por todos como problemática, que esconde seus belos cabelos longos debaixo de uma touca. Até que Nick e seu amigo Peter acabam envolvendo-se em uma briga que deixa Annie irada, mesmo tratando-se de um mal entendido.

Annie arma um plano e Nick é atacado e desaparece, sendo dado como morto, o que realmente pode ser considerado verdade, já que o corpo físico dele está morto, mas a sua alma encontra-se viva e vagando pelas ruas na tentativa de viver novamente. Entretanto, a única pessoa que consegue sentir as vibrações do meio morto, num surto de “mediunidade”, é a própria Annie, “causadora” de todo o mal ao rapaz inocente. Annie agora precisa correr contra o tempo para não permitir que Nick, seu ex-amor de infância adormeça eternamente e para isso, ela pretende até dar a sua própria vida. Só que Annie atualmente namora com um rapaz da pesada, que a coloca em más lençóis e que não quer que Nick sobreviva.

A história parece um conto de fadas dramático e cheio de suspense, mas quem garante que o visível para nós não é invisível para outros ou vice-versa? Quem garante que o mundo é apenas isso aqui que vemos? E a metafísica? E as questões espirituais? Essas são muitas das perguntas que o cinema vêm fazendo ao longo da história desde a sua invenção na França e que torna a sétima arte tão interessante.

E a conclusão do filme? Coloque na sua checklist de filmes a assistir, descubra e conte-nos o que achou nas nossas redes sociais. Ah, mas não confunda o filme “O invisível” com o filme “Invisível”, do diretor Pablo Giorgelli, que narra a história de uma moça chamada Ely, uma estudante que não gosta da sua vida na escola, trabalha em uma clínica veterinária e desconhece a figura paterna. A mãe de Ely é depressiva e nunca sai de casa e nunca fala sobre o pai de Ely, que tem encontros recorrentes com um rapaz, mas ainda assim continua entediada. Este “Invisível” de 2016, uma produção argentina, mostra uma moça que não enxerga um futuro, que sente-se sozinha num mundo repleto de pessoas.

Enfim, tanto “O invisível” de 2007, quanto “Invisível” de 2016, trabalha a temática da sociedade que vive para si, que tenta esconder suas vontades para não decepcionar ninguém, que vive uma vida que não quer viver, que é manipulada pelos desejos e pressões dos outros, da família etc. E em ambos, a caridade, a bondade e o amor podem ser a saída para todos os males sociais, seja um amor de pai, mãe, amigo, namorado ou esposa. Como diria Santo Agostinho, “a medida do amor é amar sem medida.”

 

Texto por Michele Souza









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