A história do Chile na Netflix
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A história do Chile na Netflix

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A história do Chile na Netflix

No dia 11 de setembro se comemora 2 fatos importantes na história. Em 2001, dois aviões comerciais foram chocados por extremistas islâmicos nas Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova York, o que mostrou a fragilidade dos Estados Unidos. Este fato gerou o filme *11’09”01 Setember 11*, onze realizadores de diversas origens e culturas, apresentam interpretações sobre os acontecimentos trágicos ocorridos nesta data. Nomes como o israelense Amos Gitai, o britânico Ken Loach, o estadunidense Sean Penn, a indiana Mira Nair, o mexicano Alejandro González Iñarritu, o egípcio Youssef Chahine, o francês Claude Lelouch e outras visões polêmicas sobre um fato que mudou o inicio do século XXI.

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O outro 11 de setembro foi bem mais próximo ao Brasil e teve intervenção direta do regime militar brasileiro, de acordo com o livro “O Brasil conta a Democracia, A ditadura, o golpe no Chile e a guerra fria na América do Sul” do pesquisador brasileiro Roberto Simon. A ascensão do socialista Salvador Allende, primeiro presidente marxista eleito pelo voto popular e com um programa de reformas que transformaria o Chile em um barril de pólvora e a oportunidade do governo brasileiro em transformar-se no Big Brother da potência regional e aproveitar eliminar os 10 mil brasileiros exilados no Chile e que reforçam a oposição no Brasil.

O Chile comemora, no sentido de recordar, os 50 anos do Golpe Militar de Augusto Pinochet ao sistema democrático. Uma ditadura sangrenta que durou 15 anos, com um elevado saldo de mortos e um milhão de exilados espalhados pelo mundo. A Operação Condor, a associação das agências de controle e extermínio político em países do Cone Sul (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai) e o adestramento das altas hierarquias das forças armadas dos países de América Latina na Escola das Américas no Panamá, financiado pelos Estados Unidos.

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Em Netflix podemos começar assistindo o filme “Neruda” (2016) de Pablo Larraín, mesmo a história acontecendo na década de 40, com a Lei Maldita, que caçava os comunistas e os encarcerava em campos de concentração no deserto de Atacama. O filme mostra o anticomunismo imperante no país, até com o principal representante da literatura, Pablo Neruda, que posteriormente ganhará o prêmio Nobel. Podemos encontrar também o filme “Ardiente Paciencia” (2022) de Rodrigo Sepúlveda, roteiro de Antonio Skármeta, uma ficção baseada nos últimos dias do Neruda, foi senador e candidato a Presidente da República, nos dias posteriores ao golpe militar de Pinochet. Polêmicas atuais estabelecem que Neruda foi envenenado pelo regime militar.  O livro deu origem ao premiado filme “O Carteiro e o Poeta” (1994) do britânico Michael Radford.

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O filme “Tony Manero” (2009) de Pablo Larraín trata sobre a vida de um personagem obcecado por John Travolta em “Os embalos de sábado à noite”, onde a juventude transita entre a rebeldia, a sobrevivência e as regras da ditadura militar. O filme “1976” (2022) de Manuela Martelli trata sobre a proteção dada a um jovem guerrilheiro por parte de uma senhora de classe média alta e o apoio da igreja católica que foi fundamental para a resistência contra Pinochet.

Por último, o filme “No” (2012) de Pablo Larraín que mostra a campanha vitoriosa do “Não” que através das eleições tirou o ditador Pinochet que deveria aprovar um plebiscito a sua permanência como chefe de estado. As estratégias, o medo e como a oposição e os artistas se uniram para vencer o ditador. A campanha publicitária foi um precedente e inspirou a campanha presidencial brasileira entre Lula e Collor.

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Os laços afetivos, políticos e de reconhecimento entre o Brasil e o Chile estão marcados desde o reconhecimento pelo governo chileno da independência do Brasil em 1922 e os diversos conflitos políticos em que ambos os países se apoiaram tanto na democracia como nas ditaduras. Para conhecer mais sobre esta relação, muitos outros filmes podem ser encontrados em diversos streamings, até na novela da Rede Globo “Os dias eram assim”.

A memória é importante para não repetir os erros do passado e evitar novas transgressões à Democracia.

 

Por Francisco Lillo

 


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